Neollogia
Cogitações e quejandas quimeras 🧙‍♂️
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Minha miscelânea de jogos

Devido à minha hipergrafia, resolvi escrever um resumo de alguns dos jogos que colecionei ao longo dos anos. E lá vamos nós. 

Jogos de navinha

Space Invaders (1978)

Provavelmente um dos primeiros gêneros que experimentei. Lá nos anos 80, ainda na época do Atari, joguei o Space Invaders (1978) na casa de um amigo. Alguns anos depois chegou a era das locadoras e pude jogar alguns clássicos como Super R-Type (1991), After Burner (versão para Mega Drive de 1990) e alguns outros que já nem lembro. 

Darius (1987)

Não lembro se cheguei a jogar Darius (1987) em locadora, mas décadas depois joguei bastante nos emuladores para PC. É uma franquia vasta e já tem vários títulos relançados na Steam para os nostálgicos. Eu adorava o conceito de cada fase ser em um planeta diferente, de modo que a imaginação era levada em uma viagem ao longo do sistema solar.

Bit Blaster XL (2016)

Falando em Steam, descobri uma pérola de um desenvolvedor indie chamado Adamvision Studios, o Bit Blaster XL (2016). É um joguinho minimalista, pixelado, com uma trilha sonora bem agradável.

Outro indie interessante é o Rocket Blasters (2017), da Schmidt Workshops, uma desenvolvedora tão indie, mas tão indie que o site é basicamente um blog. O jogo tem uma proposta estética bonitinha parece desenho de caneta em folhas de caderno.

Sid Meier's Ace Patrol (2013) e a sequência Sid Meier's Ace Patrol: Pacific Skies (2013) é um joguinho de nave simples e divertido que, embora pouco conhecido, leva no título o nome de uma lenda dos games, o Sid Meier, criador da franquia Civilization.

Jogos beat 'em up

Streets of Rage (1991)

Ainda na época das locadoras, conheci o beat 'em up por meio do melhor de todos: Streets of Rage (1991). É um jogo inesquecível e de rejogabilidade para a vida toda, pois ainda hoje vez ou outra me vejo retornando a ele. O SoR 2 (1993) também é muito bom, já o SoR 3 (1994) tem algo de estranho. Quase três décadas depois, veio o SoR 4 (2020) que foi um grande presente para os fãs da franquia, é um jogo excelente e bastante rejogável. 

Shank (2010)

Shank (2010) e Shank 2 (2012) têm um visual cartunesco que é bem típico dos jogos da Klei Entertainment. A gameplay é bem frenética, com muitos combos de golpes que incluem facas, armas de fogo e até motosserra. Confesso que não curti muito, pois é um tipo de combate que consiste basicamente em ficar apertando loucamente todos os botões.

Broforce (2015)

Broforce (2015) é uma pérola do studio sul-africano Free Lives, uma grande homenagem à cultura pop dos brucutus. Jogo com ótimo humor mórbido, visual pixelado interessante e o grande destaque são os personagens que homenageiam diversos ícones do cinema de porradaria, como Rambo, Bruce Lee, Blade, a Noiva do Kill Bill e vários outros.

Mother Russia Bleeds (2016)

Mother Russia Bleeds (2016), do francês Le Cartel Studio, a princípio me pareceu interessante por causa da estética pixelada, mas confesso que a gameplay não me agradou. Há pouca variedade de golpes e são meio chatos de acertar. Você pode estar na frente do inimigo, mas se estiver levemente acima ou abaixo, não alcança a hitbox.

Ape Out (2019)

Ganhei Ape Out (2019) num dos brindes semanais da Epic Store (eu amo essa loja) e enfim resolvi experimentar. Ape Out traz uma proposta bem original de jogabilidade. Tem um visual rabiscado, uma trilha sonora de jazz e a visão top-down. Você é um gorila e tem que escapar de labirintos enquanto esmurra guardas.

É, o jogo é peculiar, especialmente na aparência (bem feinha, mas original para o gênero), mas particularmente não é meu tipo. Após 5 minutos já estava enjoado da sua jogabilidade truncada, pois a movimentação é feita com uma combinação de WASD e mouse, sendo que ao mesmo tempo o mouse também move a câmera, tornando os passos do gorila meio desengonçados e atrapalhando a mira.

No mais, não teve realmente algo que me interessasse. Dropei.

Jogos de civilização

Age of Mythology (2002)

Meu primeiro contato com jogos de civilização foi através de um CD emprestado de Age of Mythology (2002), lá por volta de 2010. Foi obviamente uma ótima introdução ao gênero, ainda mais porque sempre gostei de mitologia grega, e poder invocar um titã e sair devastando cidades era uma aventura e tanto. Alguns anos depois pude jogar novamente pela versão da Steam que foi lançada em 2014.

Só depois de alguns anos passei a ter contato com a franquia Age of Empires que ao longo das décadas produziu vários relançamentos, versões remasterizadas, expandidas, etc. Na Steam joguei os três primeiros e o Age of Empires 4 pude experimentar no Game Pass.

Quanto ao Civilization, já joguei do 3 ao 6 e estou de olho no lançamento do 7 agora em 2025. Estranhamente, na Steam tem todos os títulos, menos os dois primeiros, então minha coleçãozinha na Steam está incompleta.

A grande diferença entre Age of Empires e Civilization é que este é jogado em turnos e aquele em tempo real. Eu certamente gosto mais de jogar em turnos, pois posso estudar e planejar cada passo, enquanto no tempo real há uma certa dose de stress, porque tem que correr pra gerenciar toda a sociedade e ficar logo poderoso antes que as nações rivais venham invadir.

Cities Skylines 2 (2024)

A franquia SimCity, iniciada em 1989 e que já lançou diversos títulos ao longo das décadas, estabeleceu um tipo específico de jogo de civilização voltado à construção e gerenciamento de cidades. Nunca joguei nenhum SimCity, mas experimentei o gênero em outro jogo mais recente, a criação sueca Cities Skylines (2015), e provavelmente vou jogar um dia o Cities Skylines 2 (2024). É um jogo bem relaxante, com musiquinha agradável e um satisfatório sistema de micro gerenciamento e edificação das cidades. 

Graficamente o jogo é lindo e extremamente detalhista. Você pode ir da visão ampla do território até dar um zoom nas ruas e casas, vendo de perto a vida acontecendo na cidade, pessoas e carros andando pra lá e pra cá e a movimentação destas pessoinhas não é caótica. Crianças vão para a escola, trabalhadores vão para seus respectivos locais de trabalho. É realmente um mundo bem imersivo e funcional.

Marble Age (2015)

A desenvolvedora indie russa Clarus Victoria tem vários joguinhos de civilização num estilo mais minimalista e cartunesco que são bem divertidos e baratinhos: Marble Age (2015), Predynastic Egypt (2016), Bronze Age (2017) e Egypt: Old Kingdom (2018). Curti bastante todos eles.

Frostpunk (2018)

Frostpunk (2018), do studio polonês 11 Bit, é certamente meu jogo de civilização favorito, principalmente por causa da ambientação, do cenário gélido, a trilha sonora melancólica e de uma qualidade erudita. No começo é bem sofrido lidar com as ondas de frio, enquanto você mal evoluiu as tecnologias de aquecimento, mas depois que você pega o jeito, é satisfatório manter a civilização funcionando mesmo nas condições mais extremas. Ainda não joguei o Frostpunk 2 (2024), mas certamente está na minha lista de desejos.

Red Planet Farming (2020)

Red Planet Farming (2020), da artista indie Nina Demirjian,  é um joguinho bem casual e minimalista de colonização de Marte. Você vai comprando lotes hexagonais e basicamente deve cultivar plantações, mas também construir algumas outras estruturas, como painéis solares. Se administrar bem a produção de comida, a população aumenta e você vai desbloqueando novas tecnologias e tal. Tem uma trilha sonora bem atmosférica e é realmente gostoso de jogar sem ter que quebrar muito a cabeça pra administrar as cidades.

Jogos de simulação

Euro Truck Simulator 2 (2012)

Dos jogos de simulação do mundo real, meu favorito foi Euro Truck Simulator 2 (2012), da desenvolvedora checa SCS Software. Na época que joguei meu PC era bem fraquinho, nem mesmo tinha placa de vídeo, mas mesmo assim tive dezenas de horas de diversão simplesmente dirigindo o caminhão pelas estradas, atravessando os países da Europa e até mesmo admirando a paisagem daquele cenário virtual, ainda que com gráficos na qualidade mais baixa. Mais recentemente, agora com uma plaquinha RTX no PC, reinstalei o jogo só para ver como fica na melhor qualidade gráfica.

Este gênero de simulação de atividades não faz muito meu tipo e Euro Truck foi um caso especial que joguei por umas 120 horas. Hoje em dia já não me interessa tanto, mas quem sabe no futuro eu retorne às estradas só pela nostalgia.

Outro simulador que joguei um pouco foi The Sims 4 (2014) que ganhei em algum brinde. Foi uma experiência agradável, embora eu não curta muito aquele visual cartunesco dos personagens. É um tipo de jogo bem imersivo e, ao começar a jogar, você logo se insere naquele mundo e passa a viver as emoções e experiências dos personagens.

Inzoi (2025)

Tem um jogo coreano a ser lançado agora em 2025 que pode ser considerado um The Sims com gráficos melhorados, o sul-coreano Inzoi. Parece bastante promissor por causa dos gráficos realistas e do imenso detalhismo. Talvez este jogo lance uma nova era nas simulações de vida real.

Osmos (2009)

Osmos (2009), da canadense indie Hemisphere Games, tem uma música relaxante e uma jogabilidade simples. Você é uma célula que deve absorver outras células, o jogo da vida microscópica.

Solar 2 (2011)

Solar 2 (2011) é um jogo de evolução do universo. Você começa como uma estrela e pode ir expandindo seu sistema, além de absorver outras estrelas até se tornar um buraco negro. É como a versão macrocósmica do Osmos (que envolve o mundo microscópico).

World of Guns: Gun Disassembly (2014)

World of Guns: Gun Disassembly (2014) é um jogo de simulação britânico que a princípio é gratuito e é bem interessante para aficionados por armas. Nele você monta e desmonta diversos tipos de armas numa visão 3D, conhecendo cada peça e toda a mecânica. Há diversos DLCs pagos que acrescentam ainda mais conteúdo.

Viridi (2015)

Viridi (2015), palavra em latim que significa "verde", é um joguinho minimalista e relaxante de simulação de cultivo de plantas em um vasinho. Pois é, uma proposta bem peculiar e que vale a pena experimentar, ainda mais porque o jogo é gratuito na Steam e se mantém por microtransações que não são agressivas. A verdade é que acho mais legal cultivar plantinhas de verdade. É bem mais trabalhoso, mas também mais satisfatório.

Jogos indies aleatórios

Um dos grandes diferenciais da Steam em relação a outras lojas é a sua imensa biblioteca de indies. Lá tem de tudo, todo tipo de jogo experimental, mal acabado, lixoso, de mau gosto, mas também algumas boas surpresas e pérolas escondidas.

A maioria é bem baratinha, alguns a gente acaba levando de bônus em bundles e tem muitos gratuitos  também. Eis aqui uma coleção de coisas que já experimentei por lá.

Deponia (2012)

Deponia (2012)

Goal, Deponia (2012)

Deponia (2012), da alemã Daedalic Entertainment, é um point and click. Nesse tipo de jogo você fica clicando em objetos no cenário a fim de investigar mistérios ou resolver puzzles. Na verdade não curto muito. Outro point and click da mesma distribuidora que experimentei foi o Dead Synchronicity (2015), que se passa num futuro pós-apocalíptico sombrio, enquanto Deponia tem mais um ar de comédia. É um indie de bastante sucesso e o jogo teve várias sequências. O visual cartunesco dos personagens tem inspirado até cosplays, principalmente a donzela Goal que, convenhamos, tem um visual bem atraente.

Hammerwatch (2013)

Hammerwatch (2013), do studio sueco Crackshell, é um hack and slash de exploração de dungeon com diversas classes de personagens. A jogabilidade é um pouco repetitiva, mas pode ficar mais divertido jogando em grupo com outras pessoas online.

Famaze (2014)

Famaze (2014) é um joguinho gratuito de exploração de dungeon em que você pode escolher as classes Knight, Thief ou Mage. É curto, mas bem legalzinho.

Magicite (2014)

Magicite (2014) é um jogo de exploração de dungeon bem simples, mas divertido. O grande problema é que não existe salvamento. Você perde todo seu progresso quando para de jogar e depois terá que recomeçar do zero. Bom, pelo menos era assim na época que joguei.

Seu criador, o artista Sean Young, que assina com o nome de marca SmashGames, é também o criador de Roguelands (2015), Littlewood (2019) e mais alguns outros. Agora ele tem publicado nas redes sociais que está desenvolvendo o Monsterpatch. Ou seja, o cara é prolífico na criação de games, embora sejam bem simples.

Fingerbones (2014)

Fingerbones (2014), do compositor e desenvolvedor David Szymanski, é um breve jogo gratuito de investigação. Você explora uma casa abandonada e vai descobrindo pistas de algo sinistro que aconteceu ali.

Data Hacker: Initiation (2014)

A distribuidora New Reality Games tem um monte de joguinhos que parece que foram feitos no RPG Maker (com exceção do Incincere, que é um FPS). Certa vez comprei alguns num pacote com 90% de desconto: Data Hacker: Initiation (2014), Data Hacker: Corruption (2014), Data Hacker: Reboot (2015), City of Chains (2015), Atonement: Scourge of Time (2015), Elements: Soul of Fire (2015), Outrage (2016), Incincere (2016), Purgatory (2016), Invasion: Brain Craving (2016) e Elements II: Hearth of Light (2016). 

A maioria tem uma ambientação futurista cyberpunk e alguns são mais na linha sobrenatural. O fato é que não consegui jogar muito não. É meio lixinho. Na época o pacote inteiro custou apenas R$ 1,23, então nem tive coragem de pedir refund.

Off-Peak (2015)

Off-Peak (2015), de um tal Cosmo D, é um estranho jogo surreal e experimental. É gratuito, então não custa nada experimentar, mas não parece ter objetivo algum. Você vaga por uma cidade com ambientação noir, conversa com pessoas, vê coisas esquisitas. A música na verdade é bem legal.

Drawful 2 (2016)

Drawful 2 (2016) foi um dos jogos que ganhei no "brinde da quarentena" da Steam. É a versão digital da brincadeira de adivinhar um desenho. Você cria uma sala e se conecta com seus amigos, então fazem desenhos à mão para que os outros adivinhem o que é.

Doorways: Old Prototype (2016)

Doorways: Old Prototype (2016), da argentina Saibot Studios, é uma amostra gratuita de uma série de terror chamada Doorways. A jogabilidade é estilo parkour, saltando e correndo em um cenário infernal. O excesso de vermelho é de doer os olhos.

One Troll Army (2016)

One Troll Army (2016) é um tower defense gratuito em que você batalha com trolls (dã). É bem tosquinho. Foi criado pelo studio Fly Anvil que é simplesmente formado por dois irmãos. Suponho que sejam dos EUA, mas não encontrei dados de nacionalidade nas redes sociais ou no site deles.

Cayne (2017)

Cayne (2017), da sul-africana indie he Brotherhood, é um joguinho de terror point and click com visão isométrica. Para um jogo gratuito, os gráficos são bem decentes e a história é interessante.

Wild Terra (2017)

Wild Terra (2017), da russa Juvty Worlds, é um MMORPG relativamente recente, mas com um visual das antigas. É gratuito, mas tem umas DLCs pagas. Para quem gosta de MMORPG com crafting, caçar bichos, construir fortalezas e combater outros jogadores, é uma opção. Eu achei meio chatinho. Também já foi lançado o Wild Terra 2 (2022), mas não cheguei a experimentar.

Totally Accurate Battle Simulator (2019)

Totally Accurate Battle Simulator (2019) ou TABS, da sueca Landfall Games, é um destes jogos com a física ragdoll, ou seja, você manipula uns bonecos que têm corpos moloides e se movem de um jeito desengonçado. Esse tipo de boneco já se tornou um subgênero de jogo, com alguns sucessos como Gang Beasts (2014), Human: Fall Flat (2016) e vários destes simuladores.

Em TABS você pode jogar no modo sandbox e brincar com as possibilidades de batalhas ou pode cumprir as campanhas. Existem várias classes de personagens organizadas por era. Você começa uma partida com certa quantidade de pontos que deve usar para comprar seu exército, planejando a melhor estratégia para sobrepujar os inimigos. Dê play e assista à desengonçada batalha.

The Textorcist: The Story of Ray Bibbia (2019)

The Textorcist: The Story of Ray Bibbia (2019), da alemã Headup Games, é um joguinho com uma proposta bem peculiar. Você é um padre que é chamado para realizar exorcismos e é aí que a jogabilidade se mostra diferenciada, pois nos combates você deve digitar as orações do padre, de modo que as palavras que você digita se tornam poderes lançados sobre os endemoninhados. A dificuldade do jogo então consiste em quão rápido você é capaz de digitar.

Hentai Crush (2019)

Hentai Crush (2019), de um studio com o autoexplicativo nome Mature Games, é um de tantos joguinhos indies que você encontra na Steam e têm um objetivo bem claro: sacanagem. Basicamente você interage com umas garotas dialogando, dando presentes e jogando um minigame de estourar bolinhas, aí vai ganhando pontos no coração das garotas até desbloquear aquilo que todo mundo quer no final: sexo. 

A qualidade do desenho em estilo anime é decente (ou indecente), mas pra ter acesso ao conteúdo sem censura tem que fazer toda uma gambiarra de baixar um patch fora da Steam, o que achei bem esquisito e nem fui atrás.

(11,02,2025; 21,03,2025)

Palavras-chave:

11 Bit Studios, 2K Games, Adamvision Studios, Atari, Cosmo D, Crackshell, Daedalic Entertainment, David Szymanski, Devolver Digital, Electronic Arts, Epic Games, FlyAnvil, Free Lives, Headup Games, Hemisphere Games, Ice Water Games, Jackbox Games, Juvty Worlds, Klei Entertainment, Krafton, Landfall Games, Le Cartel Studio, Mature Games, Microsoft, Murudai, Nina Demirjian, Noble Empire Corp., Oryx Design Lab, Paradox Interactive, Saibot Studios, Schmidt Workshops, SCS Software, Sega, Sid Meier, SmashGames, Steam, Taito Corporation, The Brotherhood

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