Neollogia
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Ash, um sci-fi genérico e insosso

Ash (2025)

O sci-fi costuma ser o gênero de filme mais caro, afinal gasta-se uma fortuna em CGI. Isto não quer dizer, porém, que não é possível se fazer sci-fi com baixíssimo orçamento, e um bom exemplo disto é Blood Machines (2019), um média metragem que foi literalmente feito em uma garagem e é sensacional.

A iluminação neon noir de Blood Machines, combinada com uma trilha sonora eletrônica, é uma fórmula que foi também repetida em outro filme igualmente indie e de baixo orçamento, Ash (2025). A diferença é que Ash é como uma comida que só tem beleza, mas é totalmente insossa.

A trama de Ash é genérica (astronautas tentam terraformar outro planeta e, advinha só, lá tem um alien gosmento que começa a invadir os corpos dos humanos), o ritmo da história é moroso, a performance dos atores é fraca (convenhamos, a atuação da Elza González é apática e os sentimentos que ela tenta passar são pouco convincentes) e a trilha sonora também soa como uma playlist genérica de música eletrônica.

E olha que a mente por traz desse filme é um compositor, o novato Flying Lotus, que compôs a trilha sonora do próprio filme. Não à toa ambos, o filme e a música, têm a mesma qualidade genérica. Não tenho prazer em desmerecer assim o trabalho artístico de alguém, mas essa é a impressão sincera que tive. Talvez até pelo fato de eu ter assistido Blood Machines recentemente, meu paladar ficou muito exigente. A comparação entre os dois filmes é inevitável e Ash fica muito atrás. 

Ash é do studio indie XYZ Films, o mesmo que produziu o sci-fi Subservience (2024) no ano anterior, um filme bem decente, aliás.

Palavras-chave:

Amazon, Elza González, Flying Lotus, MGM, XYZ Films

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