Agora em 2025 devo completar 15 anos desde que criei meu bonequinho no Runescape. Por uns 3 ou 4 anos foi meu jogo exclusivo, até que comecei a diversificar, mas ao longo dos anos vez ou outra retornei àquele mundo, jogando por alguns dias só pela nostalgia, upando algumas skills, conferindo as novidades.
Uma das grandes metas do jogo é levar as skills ao nível 99 (e algumas skills ainda chegam ao 120) e existem até capas de recompensa que os players costumam vestir para ostentar a conquista do level. É um progresso lento, bem ao estilo dos antigos MMOs, tanto que até hoje eu só alcancei o 99 em pouco mais da metade das skills, mas estou satisfeito.
E o jogo vai muito além de simplesmente upar as skills. Há uma enormidade de missões, atividades, minijogos e tanta coisa para fazer que você nunca fica sem opção. Sem contar que a Jagex se dedica à sua cria. Ano após ano segue um calendário bastante ativo de updates, eventos, novidades. Ao conferir a wiki do jogo podemos constatar como ele acumulou uma quantidade colossal de conteúdo e até sua lore é imensa.
De fato, apesar do apego afetivo pelo jogo, há anos eu não me dedico mais a ele e já me aventurei por outros MMOs, como o New World, que me conquistou por uns 3 anos, e agora o Throne and Liberty, que jogo fielmente há seis meses.
Enquanto o Runescape existir, certamente devo voltar a visitar aquele mundo uma vez ou outra, só pela nostalgia e curiosidade. Aliás, ainda este ano, quando alcançar a data de 15 anos da minha conta, devo retornar para pegar a capa comemorativa. Enfim, aqui deixo alguns posts que escrevi sobre o jogo em meu antigo blog.
(26,03,2025)
Chronicle: RuneScape Legends, foi bom enquanto durou
Na década passada, os grandes reis e rainhas do mundo dos games eram os MMORPGs para PC. Claro que os jogos de consoles sempre foram um sucesso desde o Atari, passando pela era Nintendo/Sega e depois Playstation/Xbox, mas em termos de fidelização (ou seja, vício), os MMORPGs eram os donos do mercado.
Esse tipo de jogo requer muitas horas de dedicação e não é algo que se possa zerar ou terminar de qualquer forma, pois trata-se de um mundo em que há sempre o que fazer e o objetivo é basicamente evoluir seu personagem e continuar acumulando riquezas e conquistas indefinidamente. A dedicação diária que isso exigia criou toda uma cultura de jogadores fiéis e muitos deles não jogavam outra coisa senão o seu MMO preferido, passando horas e horas por dia imersos naquele universo.
A maneira clássica das desenvolvedoras destes jogos ganharem dinheiro era pela assinatura mensal que garantia benefícios adicionais aos jogadores premium. E assim foi com clássicos como Tibia, Runescape e World of Warcraft. E a dedicação intensa que os MMOs exigem não afeta apenas jogadores, mas também suas empresas. Dificilmente uma empresa de MMO conseguiu desenvolver muitos jogos.
A Cipsoft após 20 anos continua "presa" ao seu Tibia e as tentativas de criar outros jogos não tiveram muito sucesso, como foi o caso do projeto Fiction Fighters que só durou alguns meses. A Blizzard, dona do grandioso World of Warcraft, conseguiu um novo sucesso com Overwatch e tem outros títulos como Diablo, Starcraft e Heartstone, mas enfim seu catálogo não é muito extenso, não se comparado a outras empresas que conseguiram sim ser bem frutíferas e que possuem uma multidão de títulos, como é o caso da Ubisoft, Gameloft, Bethesda, Electronic Arts, etc.
Pois bem, a Jagex, criadora do Runescape, um MMO que até hoje tem uma base gigantesca de usuários, é outro exemplo de empresa dominada pelo seu jogo único. Assim é o MMO, ele é ciumento, exige exclusividade dos jogadores e da equipe de desenvolvedores. A Jagex tentou ir além do Runescape, ou melhor, expandir o universo deste jogo criando spin-offs e nem isto durou. Foi o caso de Chronicle: RuneScape Legends.
Chronicle: RuneScape Legends foi um jogo de cartas todo ambientado no mundo de Runescape e usando alguns de seus personagens. Foi lançado em 2015 e em 2016 saiu na Steam. Eu jogava Runescape desde 2010 (e nos últimos anos já não me dedicava muito, ainda mais depois que aderi à Steam e toda sua diversidade de jogos) e estava sempre por dentro das novidades, então experimentei o Chronicle assim que ficou disponível.
Quando saiu na Steam então, joguei com entusiasmo por todo o ano de 2016, acumulando mais de 320 horas de jogo. Posso dizer que Chronicle está entre os 10 jogos que mais ocuparam meu tempo em toda minha experiência de jogos. Mas a própria Jagex desistiu do projeto. A maldição da exclusividade dos MMORPGs. Runescape queria novamente toda atenção da empresa.
Então o desenvolvimento de Chronicle foi esfriando mesmo em 2016 e os jogadores perceberam e foram debandando, já não havia mais atualizações e por todo o ano de 2017 e começo de 2018 o jogo se tornou um zumbi do que era no início até que a Jagex finalmente anunciou seu encerramento.
Aliás, não foi a única tentativa da Jagex recentemente de fazer outro jogo. Teve também o Runescape Idle Adventures que era um clicker bem simples feito em parceria com a Hyper Hippo, a criadora de Adventure Capitalist. São joguinhos que você vai upando mesmo quando está ausente, pois há um contador que vai acumulando pontos com base no tempo real. Também experimentei brevemente, mas também foi encerrado.
Eu teria muito o que dizer do próprio Runescape, afinal joguei por pelo menos 7 anos, não de forma ininterrupta, pois várias vezes dei uns hiatos, perdendo o interesse por semanas ou meses e voltando em um ciclo de idas e vindas, mas até hoje meu personagem está lá e posso voltar quando bater uma saudade. Já no caso de Chronicle, a despedida é definitiva, pois mesmo que quisesse não poderia voltar. RIP.
(14,08,2019)
Meus dez anos de Runescape
Runescape é um dos MMORPGs mais antigos, surgido em 2001, três anos antes do World of Warcraft (2004) e quatro anos depois do Tibia (1997). Até hoje estes três jogos continuam bem ativos, contando até mesmo com uma base fiel de jogadores que estão lá há anos ou décadas.
Nunca joguei Warcraft e o primeiro MMORPG que me viciou foi o Tibia lá por volta de 2007-2008. Em 2010 conheci o Runescape que, diferente do Tibia, não exigia a instalação de um cliente. Era um dos diferenciais do jogo, um browser game, podendo ser jogado diretamente no navegador. Assim como Tibia, era relativamente leve (diferente do WoW) e quem tinha um computador modesto (como eu na época, com meu Celeron e 512 MB de memória) podia jogar.
O Tibia tem um visual bem simples, 2D com visão isométrica, sprites minúsculos, animações bem básicas e nem mesmo tem música ou qualquer tipo de som. No fim das contas, esta simplicidade é o charme do Tibia e sua estética (inspirada no Ultima Online) é estranhamente atraente, além da jogabilidade ser viciante.
Runescape me proporcionou experimentar um jogo mais complexo e visualmente rico, com gráficos 3D e a possibilidade de girar a câmera e aplicar zoom, dando bastante versatilidade à forma como você pode enxergar o ambiente e se mover por ele.
Hoje, o visual do Runescape de 2010 já parece bem feinho e datado, mas na época me impressionou, ainda mais porque a referência visual que eu tinha anteriormente era o simplório Tibia. Senti que fiz um upgrade, mudando pra um MMORPG mais profissional.
Também diferente do Tibia, o Runescape não parou no tempo e ano após ano seguiu atualizando seus sprites, ficando mais e mais bonito. Apesar de ser originalmente um browser game, que podia ser rodado no navegador via plug-in, porque era escrito em Java, o jogo também tem um cliente instalável que foi evoluindo mais que a versão para browser e atualmente mudou de Java para C++, num cliente chamado NXT.
Essa nova versão é ainda mais bela e finalmente valorizou o enorme cenário daquele mundo chamado Gielinor. O mundo de Runescape já era enorme em 2010, quando comecei a jogar, e hoje é mais ainda. É um gigantesco continente com suas cidades, ilhas, montanhas, vulcões, desertos, florestas, diversos ecossistemas.
Com o desenvolvimento da versão NXT, tudo isto ganhou uma beleza encantadora e é comum os jogadores postarem prints dos cenários: lagos tranquilos onde pescam, horizontes cobertos pela bruma, monumentos, estátuas, visão panorâmica do alto de montanhas, etc.
É possível ajustar o nível dos gráficos em diversas camadas, do mais simples até o ultra, de modo que ainda hoje é um jogo bastante acessível para computadores modestos e que igualmente oferece uma experiência visual mais impressionante para quem pode rodar no máximo da qualidade.
O visual, porém, é um bônus na experiência que é jogar Runescape. O que me prendeu no jogo por alguns anos foi a enorme quantidade de conteúdo. Enooorme! Isso sempre foi uma característica dos MMORPGs: tem muita coisa pra fazer ou não fazer nestes jogos.
Enquanto na maioria dos games você tem uma direção bem definida do que fazer e pra onde ir, MMORPGs como Runescape são sandbox, ou seja, você pode fazer várias coisas ou ficar ocioso passeando, conversando ou só observando as coisas acontecerem.
Tudo nesse jogo existe em abundância: locais para se explorar, criaturas, NPCs, quests, itens, equipamentos, até mesmo as habilidades são muito diversificadas e ao mesmo tempo inter-relacionadas.
Você pode treinar habilidades de combate que podem ser físicas ou de magia, pode pescar, cortar lenha, extrair minérios, cultivar hortas, fabricar poções, imbuir runas, caçar criaturas, fabricar armas e armaduras, cozinhar alimentos, criar pets ou praticar marcenaria na sua casa.
É uma experiência extremamente imersiva, pois seu personagem está vivendo neste mundo em cada detalhe. Não se trata só de matar monstros. Você usa ferramentas diversas (o personagem tem até um porta-ferramentas onde leva martelo, serrote, equipamento de pesca, artesanato, agricultura, etc, etc.
Realmente não falta o que fazer e o que descobrir naquele mundo. E o senso de realização é garantido no fato de haver também uma enorme variedade de recompensas na forma de riqueza, itens, cosméticos, conquistas, o acesso a locais e itens que vai sendo desbloqueado com o seu progresso, além do próprio fato de você subir de nível que é a principal meta da maioria dos jogadores.
Chegar ao nível 99 em uma habilidade é a realização máxima, com direito até a uma capa cosmética para você ostentar o seu feito. Acredite, a descrição que fiz aqui do que existe dentro desse jogo foi bem resumida, porque de fato há uma abundância de tudo, o que pode ser constatado consultando a wiki do jogo na internet. Nos anos em que joguei mais empolgado, estudei muito essa wiki.
Agora já fazem dez longos anos desde que criei a conta e até hoje tenho lá meu personagem que já tem vários níveis 99 e um acúmulo considerável de itens e conquistas diversas. Ao longo dos anos, teve época em que joguei todo dia, mês a mês, bem como fiz diversas pausas, criando hiatos de meses, até anos, aí batia a saudade e lá estava eu de volta.
Esta semana, inclusive, ganhei como bônus gratuito da Amazon Prime 14 dias de premium e claro que fui lá experimentar. Acho que a última vez que entrei no jogo foi há mais de um ano e só pra dar uma olhadinha. Já estava aposentado há tempos, mas não podia desperdiçar esta oportunidade de brincar um pouco, ainda mais com uma premium de graça.
A novidade agora é a habilidade de arqueologia, que já estou treinando. Neste momento em que escrevo, tem outra janela com o jogo aberto e o bonequinho está lá escavando o solo. Isso é uma das coisas ao mesmo tempo boas e ruins de Runescape, que, na verdade, é comum a muitos MMORPGs: você passa muito tempo realizando tarefas repetitivas para poder upar e os jogadores costumam fazer isso de uma forma semipresencial, o que chamamos de AFK (away from keyboard).
Por exemplo, na atividade de corte de lenha, você leva seu boneco para uma floresta, clica numa árvore e ele fica automaticamente performando a ação de cortar lenha por alguns minutos. Neste momento você não precisa fazer mais nada, até que a árvore é derrubada, aí você deve voltar ao jogo para clicar em outra árvore, e assim por diante.
Sendo assim, a maior parte do tempo que você passa com o jogo aberto é realizando estas tarefas semiautomáticas que requerem a sua intervenção apenas esporádica. Você vai passar muito tempo literalmente assistindo o jogo, o que pode ser um tédio.
O que os jogadores costumam fazer é adotar um estilo multitarefa. Você deixa o jogo aberto em uma janela, com o boneco fazendo suas tarefas, e enquanto isso você se ocupa em outra coisa: lê um livro, assiste série, estuda, tem agente que faz isso até no trabalho.
Não que não tenha atividades que exijam sua atenção integral. Os combates, por exemplo, requerem mais imersão, mas a maioria das habilidades se upa assim, no método AFK. Hoje em dia isso parece bem estranho, já que a oferta de jogos agora é imensa e tem tanta coisa nova pra gente experimentar que não há mais espaço, ou melhor, tempo, pra se dedicar tanto a um jogo só.
O MMORPG dominou o mercado de games na década passada porque não tinha tanta concorrência. Hoje em dia, a maioria dos jogadores que dedicam várias horas por dia a um jogo fazem isso com os competitivos, os battle royale ou LoL da vida.
De toda forma, ainda existem entusiastas de MMORPG, o que pude constatar agora que dei um passeio em Gielinor e vi que ainda está cheio de players pescando, cozinhando, cortando madeira, aglomerados em volta do mercado, vivendo naquele mundo.
Não pretendo continuar a jogar depois que acabar essa premium. Foi bom matar a saudade, mas tem muitos outros jogos que quero conhecer e não posso ficar nessa relação monogâmica com um MMORPG.
Gosto de saber que meu bonequinho vai ficar lá, com todas as suas realizações que conquistei em uma década, e que posso de vez em quando voltar pra fazer alguma quest, pois ainda tem tantas quests que não fiz. Projetaram esse jogo pra ser algo pra vida toda mesmo.
(13,05,2020)
Tibia, Runescape e o problema das assinaturas
Tibia e Runescape foram os MMORPGs que mais joguei. Meu personagem do Runescape, inclusive, já existe há dez anos. Há um ditado interno que diz: "Você nunca abandona o Runescape, apenas dá um tempo".
De fato, tem sido assim comigo ao longo destes dez anos desde que conheci o jogo. Teve época que fiquei o ano inteiro jogando pelo menos uma horinha por dia e quando pegava gosto ficava até mais, imerso naquele mundo fantástico. Aí quando enjoava dava uma pausa de uns meses ou mesmo anos. Creio que já passei uns 2 ou 3 anos de hiato até voltar a logar e teve anos em que só loguei por uma semana ou um mês pra matar a saudade.
Agora em 2020, ganhei 14 dias de Runescape pela assinatura da Amazon Prime. Muita gente que assina o Prime pra ver séries nem sabe disso, mas todo mês essa assinatura te dá direito a vários jogos de graça. Aproveitei então os 14 dias pra upar a nova habilidade de arqueologia e deu até uma vontadezinha de continuar depois que expirasse a premium.
Maaas tem um problema, algo que existe não só no Runescape, mas também no Tibia e outros MMORPGs clássicos: o preço da assinatura é muito fora da realidade. Fui olhar o do Runescape e está em torno de 50 Reais por mês, o do Tibia chega a 60.
Hoje em dia, com uma oferta tão abundante de bons jogos e com promoções baratas (ver o caso de Borderlands que é uma franquia incrível e chega a fazer promoções de 80-90% na Steam), sem contar que toda semana a Epic Store dá jogos de graça e temos ainda diversos multiplayers free-to-play que realmente dá pra jogar numa boa sem comprar nada.
É o caso de Team Fortress 2, Paladins, Dota 2, LoL, Smite, etc. Você pode passar uma vida jogando sem comprar os passes de batalha e pode até mesmo farmar as moedas do próprio jogo para comprar. De toda forma, jogar de graça não te priva de nada a não ser cosméticos, pois os passes geralmente servem pra isso, pra dar skins, e quem curte colecionar skins pode gastar dinheiro com isso.
Já nos MMORPGs, jogar free significa ser privado de boa parte da experiência do jogo. Você não tem acesso a diversas partes do mapa, não podendo caçar certas criaturas, realizar quests, conseguir itens e, no caso do Runescape, existem até habilidades e equipamentos que só podem ser usados com premium.
Não que não falte habilidade para os free. Dos 28 skills hoje existentes, 17 são free. Anyway, o fato é que há uma limitação no jogo para quem não é assinante, o que faz sentido, mas a assinatura é cara demais, ainda mais levando em conta que esse tipo de jogo é feito para você jogar por meses, até anos, algo para fazer parte de sua rotina. Imagina pagar 500 Reais todo ano por um jogo...
E agora temos os serviços de assinatura do XBox, Playstation, Nintendo que mensalmente dão acesso a vários jogos, como uma Netflix dos games. Esse é com certeza o modelo que vai se tornar padrão nessa década e tornará ainda mais obsoleto você pagar mensalidade por um único jogo o ano todo.
De toda forma, o modelo usado pelos MMORPGs ainda deve durar porque tem o seu nicho fiel. Eu, porém, estou fora dessa.
(12,06,2020)
Runescape e suas traduções brasileiras
Uma das marcas de Runescape é o humor. Nas quests e nos diálogos com os NPCs você encontra muitas situações cheias de humor e referências diversas à cultura nerd. O interessante é que na tradução para o português do Brasil o jogo ganha uma camada extra de humor, pois nossos tradutores acabam inserindo memes e referências que só aqui no "hue br" a gente entende.
Vou deixar aqui só um bom exemplo disso. Na habilidade de arqueologia, usamos a ferramenta "mattock", que em português ficou como "pico". Eis que entre os vários tipos de pico, tem um chamado Mattock of Time and Space, que os tradutores bem poderiam traduzir literalmente como Pico do Tempo e Espaço. Em vez disso vieram com um Pico das Galáxias. Bem vindo à zoeira BR.
(01,07,2020)
Mais um post sobre Runescape
Existem jogos que jogamos até zerar, quando gostamos muito, há o caso da rejogabilidade e jogamos de novo e de novo, mas uma hora a gente enjoa e para de vez.
Jogos competitivos não são do tipo que dá pra "zerar" e é por isso mesmo que acabam se tornando ainda mais fidelizantes (pra não dizer viciantes), mas também chega uma hora que abusa, ou você substitui por outro competitivo. Foi assim comigo com Team Fortress 2, que joguei por um ano ou dois, aí troquei por Paladins, que também enjoei após um ano...
E tem os MMORPGs. Até hoje, não existe uma categoria melhor projetada para fidelizar o jogador. Se você gosta mesmo de um MMO, você vai seguir com ele por anos, vai ser o jogo da sua vida. Há pessoas que jogam Tibia ou WoW há 10, 15, talvez até 20 anos. É uma espécie de casamento.
No meu caso, o jogo que fez isto foi Runescape, que conheci em 2010. Nos primeiros anos, fiquei realmente viciado e se tornou a única coisa que eu jogava por meses, mas também comecei a enjoar e então parava de jogar... pra voltar de novo após alguns meses.
E assim fiquei nesse ciclo de hiatos e retornos por anos. O fato é que nunca parei de vez, nunca cheguei a um ponto em que disse: "Ok, não tem mais nada pra fazer aqui, nunca mais eu jogo isso".
Runescape, como todo bom MMO que se preze, é feito para você voltar, mesmo que volte depois de muitos anos de esquecimento. Nos últimos cinco ou seis anos, eu só volto bem raramente, uma ou duas vezes por ano e fico só por uma semana ou duas, como que apenas pra matar a saudade.
E agora tenho esse incentivo do Amagon Prime, que uma vez por semestre tem dado um perk de premium de uma semana. Já que é brinde né, aproveito, ativo o brinde e jogo por uma semanazinha. É uma sensação interessante retornar àquele mundo, encontrar meu boneco lá, continuar de onde parei mesmo após meses ou anos. Aquele mundo se tornou uma espécie de lar virtual.
(08,06,2021)
Palavras-chave:
Jagex, MMORPG, Runescape
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