Neollogia
Cogitações e quejandas quimeras 🧙‍♂️
.・゜゜・Omnia Mutantur ・゜゜・.

Duas adaptações pífias de Frankenstein

Frankenstein é uma das obras com mais adaptações para o cinema e TV e naturalmente algumas delas se desviaram bastante da proposta original, apostando na licença criativa para reimaginar a história, o cientista e sua criatura. Aqui teremos dois exemplos que deram muito errado: Frankenstein (2004) e I, Frankenstein (2014).

Frankenstein (2004)

Frankenstein (2004) foi um filme feito para a TV, veiculado no canal USA Network. Nesta versão, Victor Frankenstein continua vivo nos tempos atuais e mudou de nome para Victor Helios. Ele continua criando monstros, agora com intenção de formar uma legião de criaturas para superar a espécie humana. O monstro original também está vivo e adotou o nome Deucalion, tendo a intenção de matar seu criador.

A trama se passa tendo uma detetive como protagonista, investigando crimes cometidos por um serial killer que remove os órgãos de suas vítimas. No IMDb, esta bomba está com a nota 4,5.

I, Frankenstein (2014)

O filme I, Frankenstein (2014), no Brasil traduzido como Frankenstein, Entre Anjos e Demônios, baseado na graphic novel homônima de Kevin Grevioux, é uma das poucas adaptações em que o monstro clássico da autora Mary Shelley ganha um nome, neste caso, Adam (interpretado pelo Aaron Eckhart). 

É comum o monstro ser chamado de Frankenstein, mas lembremos que este é o nome original do cientista que o criou e a criatura é simplesmente um ser sem nome, o que enfatiza sua existência desumanizada.

Aqui a mitologia de Frankenstein é recriada num novo estilo steampunk, ambientada num mundo em que seres demoníacos ambicionam dominar a humanidade, mas são enfrentados por criaturas celestiais enviadas pelo arcanjo Miguel, os gárgulas. 

Apesar da ideia inovadora, o filme não agradou à crítica ou público, e com razão, pois a trama é rasa e os personagens desinteressantes. Os demônios, por exemplo, sequer parecem ameaçadores e facilmente se desfazem em chamas com meros golpes de armas sagradas. Até os zumbis de The Walking Dead assustam mais do que estes demônios aí, viu.

A princípio pensei até que se tratasse de uma produção da Universal Pictures, de modo que faria parte do monsterverso deste studio, assim como o tosco Dracula Untold, mas na verdade quem produziu foi o studio indie Lakeshore Entertainment, sendo distribuído pela Lionsgate. No IMDb, está com nota 5,1.

(28,03,2020; 24,08,2025)

Palavras-chave:

Aaron Eckhart, Kevin Grevioux, Lakeshore Entertainment, Lionsgate, Marcus Nispel, Mary Shelley, Stuart Beattiem, USA Network

Nenhum comentário:

Postar um comentário