Neollogia
Cogitações e quejandas quimeras 🧙‍♂️
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Minha historinha com PCs

O primeiro PC que usei foi por volta de 1995, quando fiz um curso de informática. Ele só tinha o MS-DOS, mas o curso era muito raso e não fiquei muito tempo. Foi em 1998 que realmente passei a lidar com PC com frequência, quando trabalhei como secretário/digitador. Conheci o Windows 95 ali, depois o 98. O hardware, naturalmente, era limitadíssimo na época. Creio que o PC tinha um Pentium 1. 

Galacta

A gente arranjava alguns joguinhos pra brincar nas horas vagas, alguns feitos ainda em DOS, como o Galacta. Arranjei com um colega o emulador de X-Men vs Street Fighter e um CD com o jogo de helicóptero Comanche. É de admirar que dava pra jogar estas coisas com o hardware da época. A memória dos PCs de então era entre 16 MB e 128 MB. Placa de vídeo? Ninguém sabia que isso existia.

O curso que fiz na adolescência só ensinou uns comandos do DOS que, na chegada do Windows, nem serviam mais pra nada. Aprendi a mexer no Windows e no Office sozinho, fuçando, e às vezes pegando dicas de outros colegas do escritório. Também foi assim que aprendi a mexer um pouco no hardware, plugar os cabos, etc, e o técnico que fazia a manutenção do PC até me ensinou algumas coisas sobre as peças internas.

Eis que um dia, ao montar um HD, cometi um erro clássico. Antigamente os HDs tinham uma pecinha chamada jumper e era preciso colocar numa disposição específica para tornar um HD master ou slave. Hoje em dia já não precisa de nada disso e é tudo plug and play, mas na ocasião fiz alguma coisa errada com a posição do jumper e o HD começou a formatar. 

Disquete

Eu nem sabia o que era uma formatação e aprendi da pior maneira, pois perdi os dados armazenados. A sorte é que alguns documentos estavam salvos em disquetes (sim, aqueles disquetes de 1,44). Usei muito estes disquetes. Era algo bem comum nos escritórios e a gente comprava aos montes nas papelarias. Depois obviamente veio a fase dos CDs, CDs regraváveis, depois os DVDs e enfim os pen drives. Lembro que um de meus primeiros pen drives tinha 4 GB e custou uns 100 Reais.

Por uma década segui tendo acesso a PC assim, trabalhando em escritório. Em 2008 fiz um curso de manutenção de computadores e finalmente passei a conhecer de fato um PC, suas peças, como montar e desmontar, até mesmo cheguei a fazer alguns serviços de manutenção, mas a utilidade do curso para mim foi que desde então eu não dependia mais de técnicos para cuidar do PC. Se desse algum problema, eu mesmo resolvia.

Comprei meu primeiro PC por volta de 2007-2008, um típico PC modesto da época, com gabinete de cor creme e processador Celeron. Dava pra jogar Tibia e outros joguinhos leves, o que era suficiente pra mim. O segundo PC não foi muito diferente deste, já o terceiro tinha um Intel i5 6400.

GT 730 Zotac

Intel i5 6400

Por toda uma década sempre tive PCs sem placa de vídeo, até que por volta de 2017, se bem me lembro, comprei minha primeira GPU. Era uma GT 730 da Zotac, que na época já era fraquinha e obsoleta, mas era a placa de entrada que eu podia pagar. Com ela eu jogava Team Fortress 2, Paladins, Left 4 Dead 2, obviamente na qualidade baixa.

GTX 1050 Ti Cerberus

Intel i5-10400F

Em 2021 tive um salto de qualidade combinando um Intel i5-10400F e uma GTX 1050 Ti Cerberus. Bom, foi um salto de qualidade comparado ao que eu vinha usando até então, mas as RTX já estavam na série 30, então eu continuava muito obsoleto. Só que essa GTX era guerreira. Joguei New World com ela, um jogo bem pesadinho e mal otimizado na época e em aglomerações de players chegava a 15 FPS, mas no geral eu conseguia jogar com uns 30-35 na qualidade baixa.

Intel i5-12600K

RTX 2060 Super Galax

Em 2023 resolvi investir em outro upgrade, agora com um i5-12600K e uma RTX 2060 Super Galax. Segui minha tradição de não fazer upgrades muito ousados. Sinceramente, eu nunca gastaria uma fortuna nas placas top de linha do momento nem se tivesse dinheiro de sobra. Pra mim o importante é conseguir jogar e se possível numa qualidade decente, mas não faço questão de jogar no ultra épico master blaster. Pra quem passou uma década e meia jogando na qualidade baixa a 30-40 FPS, já seria satisfatório poder  jogar no médio a 60 FPS. 

A 2060 Super permitiu isso. É uma placa que não perde para a série 30. Realmente tem um bom custo-benefício. Eu podia jogar na qualidade média um Cyberpunk 2077, um Throne and Liberty e até Pax Dei, que é o menos otimizado. Em alguns casos podia até colocar na qualidade alta, obviamente sacrificando os FPS. É uma GPU que gostei bastante.

RTX 5060 Ventus

Eis enfim que agora em 2025 fui tentado a fazer outro upgrade e dessa vez um verdadeiro salto de qualidade, alcançando as tecnologias mais recentes, pois saltei da série 20 da RTX para a série 50, com uma RTX 5060. 

A 5050 e a 5060 têm sido as GPUs de entrada desta nova série e fui atraído por uma promoção, pois estava custando por volta de R$ 2300. A 5060 Ti está custando acima de 3000, a 5070 acima de 4500, a 5070 Ti acima de 6000, a 5080 acima de 10000 e a 5090 de 18 a 20 mil!

Pois é, são preços astronômicos absurdos, o que torna as placas de entrada desta série ainda mais atraentes, e a 5060 custando pouco mais de 2 mil foi realmente um bom negócio, principalmente por causa da tecnologia DLSS 4.0.

Em termos de desempenho do hardware, é certo que a 5060 supera a 2060 Super em vários aspectos, como a arquitetura (5 nm vs 12 nm), os cuda cores (3840 vs 2176), o clock (2280 vs 1470), a memória (GDDR7 de 28 Gbps vs GDDR6 de 14 Gbps) e até mesmo o consumo de energia, pois a 2060 Super consome até 175 W, enquanto a 5060 vai até 145 W. 

A grande diferença, porém, está na tecnologia de software, pois a GPU da série 20 usa DLSS 2.0, enquanto a série 50 usa DLSS 4.0 e a diferença é gritante. O ganho de frames com esse DLSS mais moderno é realmente significativo, de modo que hoje em dia é indispensável em qualquer jogo de peso a opção do uso desta tecnologia.

Agora, com este upgrade, finalmente cheguei no ponto em que posso jogar na qualidade alta ou ultra a 60 FPS ou mais. No Cyberpunk 2077, por exemplo, dá pra jogar no ultra e o DLSS mantém o FPS nas alturas. O que pesa mesmo é ativar o ray tracing. Dá pra usar o básico sem grande perda de FPS, mas colocar ray tracing no talo é algo que só dá certo nas placas de preços astronômicos, que, convenhamos, só existem para streamers ou gamers ricaços que não se importam em esbanjar.

O importante é que agora consegui chegar num setup que ainda é modesto, mas não obsoleto, que roda qualquer jogo numa boa qualidade, sem alto consumo de energia e com FPS satisfatório.

E esta é, até o momento, minha história de três décadas usando PCs. E pensar que quando comecei os PCs tinham uma memória de 16 ou 32 MB e agora uso 32 GB, além dos 8 GB da placa de vídeo. Um processador lá nos anos 90 rodava a 60 MHz e agora uso um i5 de 3,7 GHz. Imagina então o que teremos pela frente, nas próximas décadas.

(24,08,2025; 26,08,2025)

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