Ser na vida, esta selva, borboleta.
A delicadeza que suporta agruras.
Tão vistosa às vezes tão discreta,
Que encanta no seu voo com asas rútilas.
Ela ensina a arte da mudança.
"Fui lagarta, casulo e agora eis-me".
Sabe ser invisível camuflando-se;
Sabe atrair a si olhar alheio.
Já fincou seus pés nas folhas em lagarta
E isolou-se em casulo a reciclar-se.
Hoje voa, manuseia a liberdade.
Como podem asas de papel, tão finas,
Enfrentarem os ventos desta vida?
Quanta força em ti, ser, oh se confina!
(22,01,2005)
Nenhum comentário:
Postar um comentário