Há olhos aureolados de um óleo
Incendiário, repulsivo; um ódio
Hediondo; e é de onde grandes ondas
Se lançam sobre os viandantes.
Por outro lado há neutros olhos, cegos,
Dos egos secos, sem sabor, inertes.
E neste agreste olhar vazio
Não há agasalho pra teu frio.
Ah, mas há mais a amaciar o ser!
Olhos como ímãs e macios. Sei
Que estes existem, pois já mirei tais.
São como estrelas de grã gravidade;
Algo que atraia-nos, que nos agrade.
Quem vê tais olhos uma vez quer mais.
(15,04,2005)
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